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ArtigosInicianteDay Trade: História dos Traders Profissionais (Pessoas Físicas)

Day Trade: História dos Traders Profissionais (Pessoas Físicas)

Até alguns anos atrás, durante a vigência dos pregões viva-voz, o acesso de pessoas físicas aos mercados era um pouco mais restrito. A própria natureza do sistema viva voz servia como uma barreira natural aos novatos que se encorajavam a tentar a sorte especificamente com as operações de Day Trade (compra e venda dentro de um mesmo dia).

De forma resumida, uma pessoa física operando de sua casa ou escritório teria no mínimo dois intermediários antes de ter sua ordem executada. O primeiro deles era o operador de mesa da corretora e o segundo, o operador de pregão. Pode parecer estranho, mas muitos traders com acesso direto aos mercados (Scalpers ou Operadores Especiais eram pessoas físicas que operavam de dentro do próprio pregão e Traders Profissionais (pessoas físicas) que ficavam ligados diretamente com os operadores de pregão) tiravam proveito dessa aparente pequena diferença de tempo.

Apenas a título de exemplo, uma das grandes estratégias da época era operar Índice Futuro acompanhando as variações do SP 500 (Índice norte americano composto pelas 500 maiores empresas por valor de mercado). Essa estratégia nada mais era do que operar baseado na crença de alta correlação dos mercados. Quando, por exemplo, ocorria alguma mudança positiva ou negativa de 0,25, 0,50 pontos (ou qualquer oscilação maior) neste Índice, os players atuavam na compra/venda de Índice Futuro visando ganhar alguns poucos pontos. Quanto menor o número de intermediários, mais agilidade o trader tinha para utilizar esta estratégia.

Um Scalper notava esta variação no SP 500 pelo telão dentro do pregão e decidia agir comprando ou vendendo. O tempo entre a observação e a ação dependia, apenas, da sua própria interpretação. Já um trader profissional e que atuava dentro da corretora dependia da interpretação e locução de um operador de pregão da sua corretora, para daí sim poder decidir se comprava ou vendia. E por último, o trader pessoa física operando de casa ou escritório dependeria, além de o operador de pregão, de mais um operador de mesa para daí sim avaliar e passar sua ordem.

Portanto, enquanto um Scalper já estava posicionado (comprado ou vendido), dado um sinal (nesse exemplo, uma variação no Índice SP500) os demais players estavam recebendo a informação para decidir se atuavam ou não. Essa diferença temporal por si só servia como uma proteção às operações destes players mais ágeis, pois, era de se esperar que mais ordens idênticas (idênticas não na quantidade, mas na direção) chegassem ao mercado. Assim, pela relação de oferta e demanda, os preços quase sempre se deslocavam um pouco a favor destas posições.

Apesar de ser apenas um exemplo, esta sistemática ou estratégia operacional persistiu por vários anos e só se extinguiu com o final dos pregões viva voz. Com o mercado puramente eletrônico qualquer player (profissional ou não profissional de mercado) pode ter o mesmo acesso ao recebimento da informação (Market data) e execução das ordens. Assim, aquele “trade fácil” não existe mais, exigindo, consequentemente, uma capacidade de interpretação do mercado muito maior.

Outro grande exemplo de “trade fácil”, mas que deu muito dinheiro aos traders ativos foi a arbitragem entre mercados. Enquanto o mercado era híbrido, ou seja, negociava simultaneamente no viva-voz e eletrônico, day traders pessoa física ágeis e com acesso ao direto ao operador de pregão conseguiam tirar proveito de distorções de preço entre os dois mercados, praticamente sem risco. Essa “estratégia” só acabou quando o pregão viva voz foi extinto deixando esses traders órfãos de mais uma “molezinha”.

E por último, não podíamos deixar de falar da entrada dos robôs (HFT – High Frequency Trading). Até hoje temos a imagem clara do primeiro dia em que vimos os robôs operando pela corretora Link (hoje UBS) e fazendo praticamente 80% do volume do índice Futuro. De forma resumida, o robô, ou os robôs faziam praticamente tudo que fazíamos manualmente, mas de forma automática, sistemática e com mais velocidade. Essa foi mais uma grande transformação dos mercados e que tirou do jogo muitos day traders, que só operavam o que chamamos de “molezinha”.

Para resumir: a arbitragem sem risco realizada manualmente acabou e as correlações entre ativos mudam constantemente em face às recentes alterações de fundamento e intervenções do governo.

Só sobrevive e só vai sobreviver quem entende da dinâmica de mercado e quem sabe definir objetivamente uma oportunidade de ganhar dinheiro.

Então é isso aí… espero que tenha gostado do artigo!

Grande Abraço e Atitude Vencedora,
André Antunes

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