“Identificar pontos cegos é a chave do crescimento acelerado no Day Trade”
Vou contar uma história que vai facilitar as coisas: Quando eu comecei efetivamente a operar (na física e não como trader de fundo de investimento) eu sofri um belo “baque”. Percebi que não teria mais renda mensal garantida e que meu sustento viria apenas do que eu gerasse nas minhas operações de day trade. (Te prometo que um dia conto a história toda, desde a saída do Fundo de Investimento até os dias atuais). Mas o que eu estava dizendo é que estava inseguro. A insegurança vinha de não saber se eu ia dar certo como day trader na física, se eu ia aguentar a fase de aprendizado, se eu ia aprender tudo que precisa aprender… Eu já era amigo do André Antunes que nessa época já estava operando e inclusive fazendo resultados bem expressivos e consistentes. Nós conversávamos muito sobre mercado e tínhamos perfis que se complementavam (no sentido de aprendizado de mercado). Eu conhecia bastante de Gráfico, Alocação, Precificação de Derivativos e outras coisas e o Antunes tinha o mais importante, RESULTADO. Obviamente ele não tinha resultado a qualquer custo, mas tinha o mínimo conhecimento necessário para gerar resultado fazendo day trade.
Aqui começa efetivamente a história sobre o Ponto Cego do Day Trade
Todo final de ano, um amigo nosso (operador antigo da mesa da antiga Interfloat) faz um churrasco de final de ano em sua casa de praia. Ele só chama o pessoal conhecido dele e que também vivem de suas operações. Raramente vai alguém que não é de mercado, porque é praticamente uma confraternização de final de ano dos amigos de “profissão”. Não preciso nem dizer o quão sensacional é estar do lado desses caras.
“Esses sim são feras no Day Trade”
Bom, naquele ano peguei carona com o Antunes (porque ele não bebe, e ano anterior tive que voltar dirigindo na estrada, rs). Estávamos na Imigrantes e no meio de um dos assuntos eu lembro de ter dito: “Cara, tô com uma baita indecisão. Não sei se vou dar certo operando na física porque o que eu conheço é diferente do que precisa para ser consistente no day trade. Como você superou a sua indecisão quando começou?” Daí ele me vira e responde: você não vai acreditar, mas eu sempre quis fazer um curso. Desde minha época do quartel (para os que não sabem o Antunes é ex militar e ex gerente de TI), mas nunca tinha tido motivo. Quando comecei a operar eu vi um motivo para fazer e fiz. Minha reação foi:
“Será que é um curso de Estratégias?”
Mas quando ele disse que era um curso de autoconhecimento (motivacional) eu confesso que “broxei” na hora. Falei “xiiiiii”, isso aí é uma porcaria”. Talvez tivesse um certo preconceito por sempre ter sido muito racional nas decisões. Eu esperava que ele ia me falar que tinha feito um curso de mercado, falado com algum trader ou que tinha aprendido uma estratégia infalível, sei lá. Mas não um curso como esse. Ele disse de novo: “isso mudou minha vida”. Aí eu comecei a prestar mais atenção e perguntei: “mas o que eu vou aprender lá?” Ele disse: “não posso te dizer nada, só te digo que é pra fazer”. Eu insisti em perguntar, mas ele foi enfático e paramos de falar disso. Só que eu pensei nisso o dia todo. Foi o churrasco inteiro, rs. Quando chequei em casa (bem tarde) a primeira coisa que fiz foi entrar na internet e ver a próxima turma do tal curso. Fechei logo na segunda-feira! Bom, você deve estar falando: “e aí conta como foi”. FOI SENSACIONAL. Eu digo que lá foi o marco zero da minha nova fase de vida de trader. Foi lá que as coisas começaram a virar. Aprendi que falhar não era uma opção, poderia ser um meio, mas não era uma opção… Foi tão bom que eu fiz (e o Antunes também decidiu fazer) o segundo curso desta empresa. É justamente sobre o segundo curso que eu quero contar. Diferentemente do “empurrão” que o primeiro curso proporciona, o segundo busca excelência. Logo no material inicial do curso, recebemos uma apostila. Obviamente tinham vários tópicos, mas o que mais marcou foi a caracterização do nosso grau de consciência sobre certos eventos, situações etc. Segundo o texto quando não sabemos sobre um determinado assunto somos inconscientes e incompetentes naquele assunto. Quando tomamos ciência do assunto, nos damos um passo importante e nos tornamos conscientes, mas ainda incompetentes. No momento em que tomamos medidas concretas, tais como estudo, treino, cursos, leituras, exercícios, etc nos tornamos conscientes competentes até que por fim, a repetição se torna tão grande que nos tornamos inconscientemente competentes. Você deve estar dizendo “ok, mas e aí?”. É exatamente aqui a grande sacada. A definição de inconscientemente incompetente é exatamente a definição de um ponto cego.
Ponto cego é algo que você não sabe que não sabe…
Quer ver só um exemplo: Existe algo que eu sei: Eu sei que eu sei dirigir Existe algo que eu SEI que NÃO SEI: Eu sei que não sei falar Italiano (nesse caso, como tenho ciência de que não sei falar Italiano, basta entrar numa aula de Italiano) Agora pare e pense… Por favor, tente pensar em algo que você não sabe que não sabe… Impossível, não é? Se é algo que você não sabe que não sabe, você não tem como dar um exemplo. Você que leu até aqui deve estar perguntando: E o que isso tem haver com day trading?
Quando eu identifiquei meus pontos naquele curso, eu iniciei a minha maior fase de crescimento pessoal e profissional (no caso como day trader).
O melhor exemplo era que eu realmente achava que sabia ler o mercado por gráficos, mas eu não tinha noção que era possível ler o mercado por Tape Reading (ou Análise se Fluxo de Ordens). Eu achava que Tape Reading era basicamente olhar os lotes no Book de Ofertas e ver onde tinha mais compra ou mais venda e operar em cima disso. Mas quando eu aceitei que podia haver alguma coisa que eu não conhecia naquela forma de ver o mercado eu me permiti aprender… E não parei mais!!!
Então é isso aí… espero que tenha gostado do artigo!
Grande Abraço e Atitude Vencedora,
André Antunes