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ArtigosComportamentalQuando você realmente vira Trader Profissional?

Quando você realmente vira Trader Profissional?

Eu e a equipe da Scalper Trader percorremos alguns lugares fora do Brasil com o intuito de conhecer outros traders, descobrir novos mercados, ferramentas e conhecimentos que trouxessem benefícios ao nosso operacional e ao de nossos alunos do curso de especialização.

Um dos traders que estava ansioso para conhecer era o John Grady, operador autônomo de treasuries americanos. Para quem não sabe, treasuries são títulos da dívida pública dos Estados Unidos (títulos de renda fixa) e são considerados os ativos mais seguros do mundo. Sempre que os investidores do mundo todo reduzem seu apetite ao risco, os treasuries recebem boa parte desse capital mais cauteloso, sendo, portanto, um ativo de alta liquidez e volatilidade.

Para quem desconhece o Mercado Americano, saiba que as treasuries são muito difíceis de operar e um único erro pode causar sérios prejuízos financeiros. Esse é o ativo que o John opera e a base do seu operacional é justamente o Tape Reading. Ele inclusive é um crítico ferrenho da análise gráfica.

Depois de uma manhã de enorme aprendizado, eu o John fomos almoçar em uma hamburgueria quando um de seus alunos ligou (não comentei nada nos parágrafos anteriores, mas o John também forma traders para atuarem no mercado).

Esse aluno, explicou-me o John, vinha demonstrando uma grande habilidade e vinha evoluindo consideravelmente ao longo do tempo. No começo, quando procurava formar uma base, ele buscava uma meta diária de U$ 100,00; foi subindo, progressivamente, para U$ 200,00, U$ 300,00, U$ 500,00 e estava atualmente buscando no mercado de U$ 1.500,00 a U$ 2.000,00/dia.

Contudo, esse trader entrou em espiral negativa e em um fatídico dia acabou amargando um prejuízo de – U$ 30.000,00 (isso mesmo, ele perdeu trinta mil dólares em um dia). Não chegamos a entrar em detalhe(s) sobre o(s) erro(s) que esse trader cometeu, se foi displicência ou um movimento brusco de mercado. Fato é que em único dia ele entregou um valor equivalente a um mês e meio, quase dois, de operacional.

Se você pensa que, ao aconselhá-lo, o John entrou em detalhes referentes à forma dele operar, você se enganou. A única coisa que o John disse foi: “essa é a sua prova. Se você passar por essa situação, se conseguir superar essa perda, você continuará operando e se consolidará definitivamente como trader”.

São as derrotas que forjam um trader

Em minha opinião, o conselho do John não poderia ter sido melhor. Eu mesmo acredito que o que define um trader é a sua confiança inabalável em recuperar as perdas inerentes ao processo.

Esse trader já sabia operar, tanto é que já buscava meta de U$ 2.000,00/dia. Não precisava de nenhum conselho operacional. O que ele precisava era recuperar a confiança e voltar a fazer o que sabe. 

Claro que não é fácil entregar um mês para o mercado, é natural que nossa confiança fique abalada, ainda mais se levarmos em conta que a média de ganhos de um trader no mês está em torno de 10 a 13 dias positivos, sendo 7 a 9 de meta batida. Mas, infelizmente, todo trader está sujeito a ter uma perda maior que o esperado. 

Eu mesmo tive dois tombos que me abalaram seriamente. O primeiro ocorreu quando ainda operava em parceria com o dono de uma corretora focada em traders de varejo. Na época, havia um grande player que mandava no mercado de dólar e operava pela corretora Bradesco. Em um determinado dia, ele começou a atuar e eu, na tentativa de fazer um front running, passei a seguir os seus passos no mercado. Só que neste dia ele estava na ponta contrária e o mercado voltou contra a sua posição (por consequência, também voltou contra a minha). Cheguei a ficar R$ 70.000,00 negativos na parte da manhã e o dono da corretora limitou meu lote a 10 contratos do cheio no dólar (eu operava com 80). Felizmente, trade a trade, ponto a ponto (na “faquinha”, como costumo dizer), eu busquei esse valor e encerrei o dia no zero a zero (só os custos Bolsa foram de mais de R$ 5.000,00). A consequência desse dia: minha confiança foi às alturas e, no dia seguinte, fiz o meu maior financeiro até então, R$ 30.000,00 (na minha cabeça, quem recupera – R$ 70.000,00, tem capacidade de fazer R$ 70.000,00).

O segundo tombo foi em meados de 2008, em um dia de Payroll. O mercado sofreu uma mudança estrutural na interpretação deste dado (até então, sempre que os números eram favoráveis à economia norte-americana, o dólar reagia negativamente. Mas neste dia em específico, o FED mudou o discurso para uma política de controle inflacionário e com os números mais aquecidos, era certo que o juros subiriam, o que ocasionou alta no dólar), veio contra a minha posição, acabei fazendo médio atrás de médio (na verdade, o mais correto seria dizer que fiz preço “mérdio”) até que chegou ao ponto em que fechei a posição negativo em mais de R$ 67.000,00. Resultado: levei o mês inteiro para repor esse valor, pois a volatilidade caiu e os financeiros possíveis de se fazer no intraday também caíram.

“Sério mesmo, André? Eu tenho que tomar um tombo e me recuperar para ser mesmo um trader?”

A questão não é se você precisará, mas sim, quando isso acontecer, qual será a sua atitude.

Você pode tomar todas as precauções possíveis (bloquear preço médio, limitar o lote na plataforma e corretora, zerar automático quando atingir determinado valor), por mais que você se proteja, ainda assim você não estará imune a uma eventual mudança brusca de mercado. É uma situação atípica, improvável, mas não significa que ela seja impossível. Então, por mais que você faça tudo certo, ainda assim você tomará um tombo em algum momento, tombo este muito maior que a meta ou o stop do dia. 

Mas se seguir com o processo, se buscar este valor sem alterar o plano operacional, você, de grão em grão, fará sua conta voltar ao mesmo nível de antes, mas com uma confiança totalmente fortalecida e renovada. Você literalmente elimina o medo de dar passos maiores, de operar com mais lotes e, mais cedo ou mais tarde, estará em um novo patamar operacional e financeiro.

Em resumo, como preconiza Seth Godin ao falar do “mergulho”: as quedas parecem que precedem a derrota, mas na verdade precedem a vitória. 

Tenha fé, persista e mantenha-se firma em sua trajetória. Aquele que desiste é o único que não dará a volta por cima. 

Então é isso aí… espero que tenha gostado do artigo!

Grande Abraço e Atitude Vencedora,
André Antunes

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